Cibelle Pilla.

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A trajetória artística visual de Cibele Pilla iniciou-se me Buenos Aires(Argentina), em 2001 onde morou por dois anos. Atualmente cursando Pós Graduação em Arte-terapia, também formada em Direito, Pós Graduada em Arte- Educação e licenciada em Artes

Visuais. Fez muito cursos com professores renomados. Suas obras retratam o se inconsciente, sua infância, seus anseios e o seu cotidiano. Pinta e fotografa cenas do cotidiano urbano integradas com a natureza, às vezes esquecidas nas grandes metrópoles, mas que ali estão fazendo seu papel na nossa contemporaneidade. Por estar sempre preocupada com a questão de preservação do meio ambiente

e Sustentabilidade utiliza como suporte em suas obras a lona de caminhão usada, com manchas de graxa, rasgadas, remendadas, cheias de histórias e memórias, bem contemporâneas, para retratar suas obras, que são assimétricas, porém equilibradas. Os trabalhos da última década de Cibele Pilla surgiram do desejo de encontrar um

novo suporte para suas pinturas. E nessa busca achou a lona, não aquela que comumente usamos nas telas de pintura. Descobriu os velhos encerados, que um dia recobriram a carga dos caminhões e por isso mesmo cheios de marcas e remendos, histórias de uma vida em estradas incontáveis. Usar este material como suporte não foi um procedimento fácil. Cibele não podia desprezar a sua singularidade.

Os primeiros trabalhos avançaram timidamente e a pintura disputou lugar com o suporte. A dificuldade se tornou um desafio.

Desafio resolvido pela investigação que Cibele fez desse universo. Observou, fotografou caminhões, suas laterais, suas traseiras, pesquisou frases, sabedoria popular das estradas. Investigou desenhos, adornos singelos em para-choques e carrocerias. A partir daí Cibele encontrou uma maneira muito interessante de construir sua pintura. Usando a

tinta direto do tubo sobre a lona, recriou desenhos delicados, palavras e manchas num casamento perfeito entre pintura e suporte. Com isso, resgatou a história dessas lonas e criou pinturas, com jeito de crônica das estradas. Desse modo reavivou nossa sensibilidade para um universo simples, singelo, presente na nossa vida, mas

quase invisível.